Eragon e not "Listen".

A linda Beyoncé e a sua ilegível "Listen"

Coitada da Beyoncé. A cantora já devia estar toda feliz com a sua quase certa indicação pela música Listen, no Oscar de melhor música. No entanto, saiu uma notícia hoje que ela não pode ser considerada indicada junto com a música, devido a regras da Academia..

Update: Agradeço ao Gustavo pela correção da informação. Falando nele, confiram os melhores do ano, segundo ele, em seu blog Império Cinéfilo. O link está logo ao lado.

Segue a minha crítia de Eragon:

Eragon

Vendido como o novo “O Senhor dos Anéis”, chega aos cinemas a surperprodução “Eragon”, adaptação de uma trilogia literária escrita por um garoto ítalo-americano chamado Christopher Paolini, de apenas quinze anos. A série começou a chamar atenção quando seu primeiro livro tirou do topo da lista dos mais vendidos o best – seller “Harry Potter” e por lá ficou por 87 semanas. O primeiro e o segundo livro já foram lançados e o terceiro, e último, está sendo escrito e deve ser lançado ainda este ano. Não demorou muito para que os executivos de Hollywood, à procura de boas idéias, comprasse os direitos de adaptação para as telonas de “Eragon”. Se colocarmos lado a lado, Eragon e O Senhor dos Anéis, apesar de serem ambas trilogias épicas, as comparações param por aí, já que “Eragon” é bastante inferior à ótima trilogia O Senhor dos Anéis.
O escritor do livro que originou esse filme certamente assistiu, antes de escrever seu romance, a filmes como “Harry Potter”, “Star Wars” e evidentemente, “ O Senhor dos Anéis”. Logo, nada mais óbvio e previsível que seu livro seja povoado de diversas referências e elementos presentes nas obras que citei. Com isso, o filme acaba soando um “amontoado” de citações e referências de tudo de bom que o cinema fez recentemente. No entanto, em “Eragon”, essas mesmas referências não funcionam tão bem. Um grande exemplo disso são as batalhas. Enquanto na saga de Frodo e o anel as batalhas são grandiosas, e muito bem filmadas, aqui elas são confusas e nada impactantes.
O filme conta a história de Eragon, um garoto de 17 anos, que encontra no meio de uma floresta um misterioso ovo de dragão. Após o dragão nascer, Eragon descobre que ele faz parte de uma antiga sociedade de cavaleiros que lutam contra a ditadura do atual rei. Para treiná-lo e conduzi-lo ao seu destino de cavaleiro, Brom (Jeremy Irons) aparece e será o seu mentor.
O grande problema deste filme reside no fato de não possuir um diretor competente o suficiente para conduzir uma história tão grandiosa coma essa. Caso Peter Jackson (diretor da saga O Senhor dos Anéis) fosse o diretor, “Eragon” certamente seria um filme superior.
O filme começa bem e conseguimos acompanhar as aventurar do herói com interesse. No entanto, após aproximadamente quarenta minutos, a trama se perde com a entrada de novos personagens, o que acaba resultando num filme sem objetivos ou razão de ser e com um ritmo bastante irregular.
O personagem principal, vivido pelo estreante Edward Speleers, de 19 anos, não tem o menor carisma, e pior, acaba se revelando um personagem mimado, prepotente e arrogante. Isso acaba gerando certa antipatia no espectador, o que nos impede de nos envolver e torcer por ele.
O diretor desse filme, Stefen Fangmeier, é estreante. Antes de dirigir esse filme, ele foi o responsável pelos efeitos especiais de filmes como “Twister” e “Mar em Fúria”. Logo, nada mais óbvio que o destaque desse filme seja justamente seus efeitos especiais.
O dragão do filme é muito bem feito e nunca chegamos a desconfiar de sua veracidade. Ao contrário do personagem principal, o dragão esbanja carisma o que acaba tornando-o o melhor personagem do filme e possibilita o envolvimento do espectador com ele.
Vale conferir também a música que encerra o filme: a bela “Keep Holding On”, da famosa cantora canadense, Avril Lavigne.
Para quem é fã do gênero fantasia, “Eragon” pode ser uma boa pedida, mas caso você não seja admirador de épicos fantasiosos, não será esse filme que o fará mudar de opinião.