Os Infiltrados, vai vencer o Oscar! Por que não ?

Os Infiltrados, o provável vencedor do Oscar.

Se eu esquecer essa minha torçida por Dreamgirls, fica claro que o favorito a levar o Oscar de melhor filme esse ano é o novo filme de Martin Scorsese. O filme vem, ao contrário dos outros possíveis concorrentes, acumulando prêmios e mais prêmios de sindicatos e de críticos e também foi um grande sucesso de público lá nos EUA (algo raro entre os indicados ao Oscar). Além disso, deve levar nessa segunda os prêmios de Melhor Filme/Drama e de Melhor Diretor no Globo de Ouro. Mas por que a insistência da mídida e dos previsores do Oscar em não apostar no filme como o grande vencedor do Oscar? Antes de Dreamgirls estrear, era evidente que o filme dirigido por Bill Condon era o favorito já que era um musical, gênero esse que a Academia adora, e tinha toda a "cara de Oscar". No entanto, quando o filme estreou ele não foi tão bem recebido pela crítica e além disso, não recebeu nenhum prêmio realmente importante. (com exeção é claro de Eddie Murphy e da premiadíssima Jennifer Hudson). Verdade é que nem Os Infiltrados dominou as premiações. Os críticos se dividiram. Ora premiaram United 93, ora The Queen, ora Letters from Iwo Jima, ora Little Children e com isso, nenhum filme disparou. Mas sem dúvida, o único que manteva maior "regularidade" sempre foi Os Infiltrados. Mas, sem dúvidas, um dos maiores méritos do bom policial (sim, eu gostei do filme) é o seu diretor não oscarizado: Martin Scorsese. Esse ano, um dos meus diretores favoritos, sem dúvida, levará seu Oscar para casa. Logo, o filme que leva diretor tem chances maximizadas para levar Melhor Filme e isso deve acontecer esse ano.

Mas sem a menor dúvidas o grande "porém" do filme de Scorsese é não ter a "cara de Oscar". Mas convenhamos pessoal, Crash e tampouco Menina de Ouro tinham essa "cara de Oscar". Lembre-se também que ambos os filmes venceram de filmes que a tinham ( Brokeback Mountain e O Aviador). Isso talvez mostre que a Academia está mudando, crescendo e deixando de lado esse "padrão". Isso poderá ser provado caso Os Infiltrados leve o Oscar esse ano. Quem tem mais intimidade comigo sabe que, todos os anos, eu escolho um filme lá em Março para torcer por ele. Eles foram nos anos anteriores: Munique, O Aviador, Cold Mountain, As Horas e Moulin Rouge (curiosamente, nenhum deles levou o prêmio máximo). Nesse ano o meu escolhido foi: Os Infiltrados, já que era dirigido por Martin Scorsese e tinha em seu elenco: Jack Nicholson e Leonardo DiCaprio, dois dos meus atores favoritos (ao lado de Tom Hanks). Lembro que fui um dos únicos a coloca-lo, na primeira etapa do bolão do Forum do Cinema em Cena, como um dos cinco indicados da Academia. No entanto, nesse meio tempo, eu assisti ao filme. Gostei, evidentemetne. Mas não amei como imaginava e devo confessar que se tem um gênero de filme que eu não gosto, esse gênero é o policial. Mais ou menos na mesma época que eu vi o filme, eu pude assistir ao segundo trailer do filme Dreamgirls, daí, eu mudei de lado e começei a torçer pelo musical. Os Infiltrados vai vencer o Oscar, mas claro que ainda torço e acredito no Dreamgirls pois eu não suportaria ver a vitória do filme sem ter acreditado que ela poderia acontecer.

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Segue abaixo a minha coluna dessa terça-feira no jornal da minha cidade que terá a crítica do filme:

UMA NOITE NO MUSEU

Quando todo mundo pensava que o filme dessas férias, que levaria multidões aos cinemas, seria Eragon; Uma noite no museu estreou nos cinemas. A produção, de custo aproximado de 60 milhões de dólares, arrecadou no mundo inteiro, até esse momento, incríveis 243 milhões. Um tremendo sucesso, que pegou de surpresa até os mais otimistas investidores do filme! No entanto, existe um ditado que afirma “boa bilheteria não significa qualidade”, mas aqui o ditado não se aplica. Uma noite no Museu é um filme bastante divertido, agradável e perfeito para toda a família. A história gira em torno de Larry Daley (vivido por Ben Stiller), um divorciado que não consegue manter estabilidade na sua vida, já que vive mudando de emprego e de casa e com isso, a sua relação com seu filho acaba sempre prejudicada, já que nunca consegue dar bons exemplos a ele. Desesperado, vê a chance de se firmar em um emprego, quando recebe a proposta de ser guarda noturno do Museu de História da Arte de Nova York. Museu esse, que abriga incríveis réplicas de dinossauros, criaturas pré-histórias e civilações antigas. Logo em sua primeira noite, Larry toma um grande susto quando descobre que todas as criaturas, no calar da noite, criam vida. A partir daí, está armada a confusão, que Larry terá que controlar. Ele, em uma situação normal, certamente pediria demissão, após a primeira noite; no entanto, o receio de decepcionar novamente seu filho, faz com que permaneça no emprego. Em uma época em que os filmes usam sempre os mesmos conflitos, os mesmos personagens e que as idéias são sempre reciclagens de outras já pré-existentes, Uma noite do museu possui uma qualidade raríssima nos filmes atuais: a originalidade. O roteiro, escrito por Ben Garant e Thomas Lennon, foge a vários clichês, que caso fossem usados, empobreceriam o filme. O astro do filme é Ben Stiller, o mesmo de Entrando numa fria maior ainda e Com a Bola toda, mas o charme da história reside nos personagens secundários. Robin Williams, que dá vida a Teddy Rooselvelt, está ótimo e é quando ele aparece que o filme começa a ficar interessante. Owen Willson, do ótimo Penetras bons de bico, está engracadíssimo e é o dono das melhores cenas. Sem ele, o filme certamente perderia muito de sua graça. Deve-se ressaltar também, a presença de um determinado macaco na história. Sua dinâmica com o personagem do Ben Stiller rende momentos bem divertidos, como a insistência do primata em roubar as chaves pertencentes a Ben Stiller. Uma noite do Museu é definitivamente um filme de pura diversão. Não espere dele nada, além disso. Não há nenhuma explicação crível ou convincente do motivo pelo qual os bichos de dentro do museu ganham vida. O que importa no filme é que eles ganham, e que Ben Stiller tem que lidar com essa situação. Para pontuar o filme, temos a ótima trilha de Alan Silvreste que torna a aventura ainda mais emocionante. Os efeitos especiais não convencem e se revelam frágeis em diversos momentos, mas isso não atrapalha a qualidade da produção. Com o sucesso comercial que esse filme teve em todo o mundo, não se surpreenda se nos próximos anos você se deparar com filmes como: A Noite no Museu 2 ou até mesmo A Noite no Museu 3, já que o desfecho desse abre espaço para os executivos de Hollywood fazerem uma continuação. A Noite do Museu é um filme sem contra indicações, inofensivo e agradável e por isso, certamente, será um dos clássicos que a saudosa Sessão da Tarde, da Rede Globo, irá exibir incansavelmente.