Tuesday, March 13, 2007

70 de milhões de Esparta.



Essa temporada de Oscar foi muito cansativa. Foi tanto cinema na minha cabeça que eu decidi dar uma pausa na sétima arte , antes de enloquecer completamente. Para isso, como vocês devem ter percebido, andei meio fora do meio blogueiro (até Fórum do Cinema em Cena, eu me exilei).
Mas a extraodinária bilheteria de 300 de Esparta, me obrigou a comentar como vocês. O filme fez, em seu primeiro final de semana nos Estados Unidos, 70 milhões de dólares. Incrível, não? Claro que se levarmos em consideração que o enfadonho Piratas do Caribe 2 fez em sua semana de estréia 135 milhões, os 70 desse filme não parecem tão significativos. No entanto, deve-se resaltar que 300 é um filme muito mais barato que Piratas 2, no qual foram torrados 225 milhões, enquanto em 300, foram gastos "míseros" 65 milhões. Afinal, como vocês bem sabem, 300 é feito quase que totalmente por computador, o que, claro, diminui seus custos. Deve-se lembrar também que 300 é um épico, gênero esse que estava fadado ao ostracismo já que Alexandre e Cruzada foram retumbantes fracassos de bilheteria e Tróia arrecadou bem menos do que se esperava (principalmente nos EUA). Além disso, 300 foi classificado como um filme RESTRITO nos EUA. Ou seja, proibido para menores de 16 anos e não para toda família, como era, Piratas do Caribe 2, por exemplo. No entanto, apesar de eu gostar muito de épico, não estou muito animado para ver esse filme. Por quê? Esse filme me parece mais um jogo de videogame, do que para um filmei. Mas, à conferir.

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Para finalizar, recomendo a vocês, leitores do blog, à assistirem esse maravilhoso clipe da minha banda favorita: U2. A música do clipe é "Window in the Skies", o novo single lançado pela banda.
Recomendo o clipe para todos, mas, principalmente, para o Cássio, que certamente achará interssante. Não percam.

Sunday, March 04, 2007

À Procura da Felicidade

Will Smith é talvez o maior astro de Hollywood atualmente. Seus filmes são sempre sucessos de bilheterias e o seu nome vinculado a um filme, é praticamente garantia de sucesso . Mas dessa vez, Smith resolveu deixar de lado os tiros e as cenas de ação de seus filmes anteriores e resolveu arriscar e protagonizar um drama. Smith estava tão interessado em fazer esse filme que acabou contribuindo financeiramente para a sua realização. Mas, o que era um risco, se transformou em um imenso sucesso de bilheteria e ainda lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator por esse filme.

A história, baseada em fatos reais, gira em torno de Chris Gardner. Casado e com um filho, Chris passa sérias necessidades financeiras. Chris viu a oportunidade de melhorar de vida quando descobriu a existência de uma máquina revolucionária, feita para fazer exames médicos. Após investir todas as suas economias para revender essas máquinas, o mesmo descobre que havia entrado em um péssimo negócio. A máquina, além de cara, foi julgada pelos médicos como desnecessária.

Sua esposa trabalha, mas mesmo fazendo turnos duplos, não consegue receber um salário digno. No fundo do poço e com um filho para sustentar, Chris resolve entrar em um curso na bolsa de valores da cidade.No curso, apenas uma pessoa, das dezenas de alunos , se tornaria estagiário de uma grande empresa. Chris irá utilizar a sua inteligência e sua dedicação para conseguir o emprego.

Não é fácil descobrir o final desse filme. Com apenas alguns minutos, você certamente adivinhará o seu final. Talvez seja esse um dos maiores problemas desse filme: a previsibilidade e a falta de originalidade. As confusões que o personagem principal se envolve durante o filme são batidas e já conhecidas do público, o que acaba perdendo grande parte de seu impacto.

Outro problema desse filme é a insistência do mesmo em fazer com que o espectador se emocione e chore ao assisti-lo. Existem reviravoltas e fatos ao longo do filme que de nada contribuem para o ritmo da narrativa, mas estão lá apenas para sentirmos pena dos personagens (como no momento em que certo objeto é derrubado na rua). Ou seja, tudo é muito melodramático e forçado.

Mas, não há duvidas, que o carisma de Will Smith e de Jaden Smith (seu filho no filme, e também na vida real) transborda na tela. É quando eles estão juntos, que o filme se torna mais interessante. É sempre cativante ver o esforço do Smith cuidando de seu filho e sua dedicação para que ele não desanime com a complicada situação financeira que a família enfrenta.

Sem dúvidas, À procura da felicidade é um filme feito para elevar nossa estima. A mensagem que passa ao espectador é para nunca desistirmos de nossos sonhos e a idéia que se nos dedicarmos, conseguiremos tudo que quisermos. No cinema, a mensagem funciona e soa bem. Mas nós, que vivemos em um país dominado pela miséria, sabemos que a vida não é tão simples assim.Uma curiosidade: o homem que atravessa a tela no segundo final do filme, é o verdadeiro Chris Gardner.


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Motoqueiro Fantasma

Após o fracasso de bilheteria que foi o filme Batman e Robin (lançado em 1997), Hollywood desistiu de adaptar heróis de histórias em quadrinhos para ao cinema. Acreditava-se que o público dominante nas salas de cinema, os jovens, não se interessavam em ver, nos cinemas, heróis dos quadrinhos.

Mas no ano de 2000, a FOX resolveu arriscar e lançou: X MEN – O Filme, inspirado no famoso grupo de mutantes, vindo dos quadrinhos, liderados por Wolverine. O resultado? Um inesperado sucesso de bilheteria e que abriu as portas para uma verdadeira enxurrada de heróis no cinema. Heróis como: Homem Aranha, Hulk, Blade, Hellboy, Batman, Quarteto Fantástico, Demolidor, Mulher Gato e Superman tiveram suas histórias transpostas para o cinema. Mas faltava mais um: o motoqueiro fantasma. Existe uma explicação para ele ter sido o último? Sim. Os donos da Marvel, que detêm os direitos do personagem, não acreditavam que a história do motoqueiro fantasma fosse resultar em um bom filme. O lançamento do filme foi constantemente adiado e o diretor e o roteirista ,originalmente contratados para fazer esse filme, pediram demissão. Tudo isso é perfeitamente compreensível ,já que esse filme é, sem a menor sombra de dúvidas, um dos piores filmes de super herói já feitos.

O filme conta a história de jovem Johnny Blaze, um artista de circo, que se aventura com números perigosos envolvendo sua moto. No entanto, certo dia, Johnny descobre que seu pai tem câncer. Ainda em estado de choque ao saber da notícia, Blaze recebe a visita do diabo, que lhe propõe um pacto: o diabo salvaria a vida do pai de Blaze, se o mesmo aceitar vender sua alma ao diabo e assim se tornando seu eterno “empregado”. Johnny Blaze, a contragosto, aceita o pacto.

O tempo passa, e Johnny Blaze se torna um grande recordista de saltos com moto (agora o personagem é interpretado por Nicolas Cage). O seu trabalho é realizar números perigosíssimos e que sempre coloca a sua vida em risco. Esses números fazem dele uma celebridade e conhecido por todos. No entanto, certo dia, o diabo reaparece e o obriga, já que tinha feito o pacto, a obedecer a uma ordem: encontrar e matar um homem chamado Coração Negro. Para conseguir completar essa tarefa, Blaze ganha poderes envolvendo o fogo.

A idéia de ver uma pessoa em chamas andando de moto por uma cidade, pode até soar interessante ou até, visualmente, curiosa. Mas, o diretor e o roteirista desse filme, não a utilizam de forma adequada o que acaba resultando em um filme grotesco, sem o menor sentido lógico e pior, que insulta a inteligência do espectador ,já que julga que o mesmo irá se satisfazer com um filme tão deficiente.

A trama, se é que existe uma, é recheada de clichês. Situações batidas aparecem a cada cinco minutos, o que acaba irritando o espectador. Note, por exemplo, a insistência de inserir no filme, quase que inteiro, relâmpagos nos momentos chaves, para assim tentar aumentar o impacto dos fatos.

Mas, entende-se que Motoqueiro Fantasma seja um filme feito para divertir ,e não há como esperar dele um grande valor artístico, apenas boas cenas de ação e com bons efeitos especiais. No entanto, nem divertir o filme consegue. As cenas de ação são fraquíssima, cafonas e exageradas ao extremo. Mas, deve-se dizer, que os efeitos, apesar de mal usados, são muito convincentes.

Mas existe algo que salva o filme do desastre completo: Nicolas Cage. O ator, criticado por ser inexpressivo em suas interpretações, consegue fazer quase o impossível: transformar Johnny Blaze em um personagem interessante. O seu carisma e o seu sarcasmo são, sem dúvida, o ponto alto do filme. No entanto, o romance do personagem com Roxanne (interpretada por Eva Mendes) não convence. Suspeito até que o romance foi criado apenas para satisfazer o público femino, que certamente não se interessa muito por motos pegando fogo.

É uma pena que ao meio de tantas adaptações de histórias em quadrinhos interessantes, tenha que haver filmes como Motoqueiro Fantasma. Tomara que Homem Aranha 3, que será lançado em Maio, consiga me fazer esquecer desse motoqueiro.